"Se relaxarmos medidas corremos o risco de ter novo pico em agosto"
CONCELHO
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O país ultrapassou os 4 mil casos de infeção. O número pode não refletir sequer o pico desta vaga. O fecho das escolas e as férias poderão alterar o curso da doença, mas o que o Conselho de Ministros decidir até ao final do mês de agosto.
a Europa, há especialistas que já falam de um novo pico da pandemia de covid-19 em agosto - isso mesmo prova um estudo divulgado pelo Imperial College relativamente à situação no Reino Unido. Tudo por conta do alívio das medidas de confinamento face à variante Delta - aquela que já se sabe que tem um grau de transmissibilidade muito superior ao da Alpha ou da variante original.
Em Portugal, o receio de que tal também possa acontecer começa a ser visível entre alguns especialistas e a equipa da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, que desde o início da pandemia faz a modelação da evolução da doença, volta a lançar um alerta. "O que fizermos agora vai ser determinante para um novo pico em agosto", afirmou ao DN Carlos Antunes.
Os especialistas têm os olhos postos na reunião de hoje do Conselho de Ministros, porque, e como explicou Carlos Antunes, "poderá haver a tendência para se criar a expectativa de que - como se começa a vislumbrar um certo desaceleramento da situação na região de Lisboa e Vale do Tejo e com a vacinação a avançar - temos melhores condições para combater o vírus e que a situação epidemiológica está a ser resolvida, mas a verdade é que cada vez que se aligeira as medidas de confinamento, quer seja em Portugal ou em outra parte do mundo, o vírus surpreende-nos. Veja-se o que se está a passar em Holanda, Grécia, França, Itália, Espanha, Rússia - que aligeiraram as medidas, os casos cresceram exponencialmente e já começaram a retroceder. No fundo, foi o que aconteceu connosco. Ou seja, se relaxarmos ou atenuarmos as medidas estamos a dar mais oportunidades ao vírus para crescer e corremos o risco de em agosto ter novo pico".
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