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2023/07/07

Reformados manifestam-se em Lisboa contra aumento do custo de vida

LISBOA Noticias em Destaque

Algumas dezenas de reformados e pensionistas manifestaram-se na quinta-feira, dia 6 de julho, em Lisboa, contra o aumento do custo de vida, exigindo um cabaz de bens essenciais e medicamentos para doenças crónicas gratuitos. Os reformados apontam cinco problemas que os afligem e pedem para "envelhecer com qualidade vida, segurança e alegria". O protesto, realizado em várias cidades de Portugal, foi organizado pela Murpi - Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos, "para dar esperança aos reformados, pensionistas e idosos". De acordo com a Murpi, "a vida dos idosos não tem de ser assim", afirmando ter "força para exigir mudança para melhor". Com dois toldos montados na Praça D. João da Câmara para se protegerem do sol, os idosos apresentavam cartazes com inscrições como "Repor o poder de compra das pensões" ou "Assim não pode ser! Os preços a aumentar e as pensões a minguar!". Em declarações à agência Lusa, a presidente da Murpi, Isabel Gomes, adiantou que era "absolutamente necessário" sair à rua. "Quem nos governa acabou por ceder a partir de julho e pagar os 4% que faltavam [do aumento das pensões], que deviam ter sido pagos a partir de janeiro. O que é facto é que de janeiro a junho fica por pagar e as coisas continuam a aumentar desmedidamente", salientou. De acordo com Isabel Gomes, cerca de 70% dos reformados têm pensões muito baixas, tendo dificuldade em aceder à alimentação, medicamentos e a pagar a renda da casa. "Aquilo que pretendemos é fazer com que as pessoas acreditem que é possível terem uma vida melhor, porque se não acreditarem morrem muito mais depressa", observou. A dirigente recordou que foram enviadas ao Governo "propostas concretas" para solucionar o problema, mas lamentou a falta de vontade. "Só não fazem porque não querem. Há muita falta de vontade do Governo em resolver as situações. Não estão nada preocupados connosco", afirmou. Também no local o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, disse aos jornalistas que os reformados têm "o direito de viver com dignidade". "Queria valorizar o conjunto de ações desenvolvidas por todo o país (...), desta gente que trabalhou uma vida inteira e tem o direito de viver (...) com condições, com direitos (...) que permitam viver o resto dos seus dias com alegria", salientou. Segundo Paulo Raimundo, os pensionistas são um dos setores mais afetados pelo aumento do custo de vida em Portugal. "Os reformados pagam tal e qual como os outros todos a renda da casa, (...) têm de comprar medicamentos, mais do que todos os outros (...), têm de comprar alimentação, têm de pagar pela água, têm de pagar o gás e, tendo em conta o aumento brutal do custo de vida, é mais do que justo as reivindicações que aqui estão a afirmar hoje", realçou. Paulo Raimundo esclareceu ainda que a situação dos reformados o preocupa, porque, além da questão monetária, precisam de "ter mais acesso aos serviços de saúde". Segundo o líder do PCP, os idosos têm dificuldade em garantir o acesso à Saúde por falta de profissionais e investimento no Serviço Nacional de Saúde. "Precisavam de ter gratuitidade de medicamentos no que diz respeito às doenças crónicas (...). É isso que me preocupa", acrescentou.  

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