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2022/10/07

Padre suspeito de pedofilia suspenso pelo Patriarcado de Lisboa

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Queixa contra o padre, que estava na paróquia há 30 anos, foi feita à Comissão Diocesana de Proteção de Menores do Patriarcado de Lisboa. A queixa havia sido enviada à Comissão Diocesana de Proteção de Menores do Patriarcado de Lisboa, ainda antes de ter sido criada a Comissão Independente. "Tendo procedido de imediato a uma investigação prévia da acusação, a mesma foi enviada para o Dicastério da Doutrina da Fé e em seguida para o Ministério Público", pode ler-se na mesma nota. O Patriarcado esclarece, ainda, que "o sacerdote em causa suspendeu o exercício do ministério pastoral na comunidade que lhe estava confiada, aguardando o apuramento da verdade". "O caso segue os seus trâmites e encontra-se em segredo de justiça no foro canónico, assim como no Ministério Público", indica o comunicado. O padre em causa, além de pároco de Massamá, é juiz do Tribunal Patriarcal e assistente diocesano do Curso de Preparação para o Matrimónio do Patriarcado de Lisboa. Na nota, o Patriarcado "renova o seu compromisso em tudo fazer para erradicar esta dramática realidade dos abusos de menores e está disponível para acompanhar as vítimas que assim o desejarem". Este propósito segue-se à carta que o cardealpatriarca de Lisboa, Manuel Clemente, dirigiu aos diocesanos na abertura do novo ano pastoral, no início de setembro, na qual voltou a pedir perdão às vítimas de abuso sexual no seio da Igreja Católica, assegurando que a instituição em Portugal "está na primeira linha da resposta a tão grave questão". No documento, Manuel Clemente escrevia não poder "deixar de aludir às notícias de abusos sexuais que foram aparecendo entretanto", referentes a casos na diocese por si tutelada. "Já tive ocasião de explicar o que se fez e continuará a fazer na diocese, para corrigir e prevenir tais casos", continua o patriarca, referindo-se à carta aberta que divulgou no dia 29 de julho e cujo teor terá comunicado "pessoalmente ao Papa Francisco", em audiência no dia 05 de agosto. Nesse documento, Manuel Clemente assegurava que "desde a primeira hora" deu instruções, no Patriarcado, "para que a Tolerância Zero e a Transparência Total sejam regra conhecida de todos" quanto ao abuso de menores. Na carta aberta em que procurava esclarecer o que "testemunhou" no caso de um padre acusado de abuso denunciado em 1999 ao anterior patriarca, José Policarpo, e revelado pelo jornal Observador - que noticiava que "duas décadas depois" o atual patriarca se encontrou com a vítima, "que não quis divulgar o caso", pelo que não foi dado conhecimento às autoridades judiciais, - Clemente disse aceitar que "este caso e outros do conhecimento público e que foram tratados no passado, não correspondem aos padrões e recomendações que hoje" todos querem "ver implementados". Segundo Manuel Clemente, o seu antecessor "acolheu e tratou o caso em questão tendo em conta as recomendações canónicas e civis da época e o diálogo com a família da vítima. O sacerdote foi afastado da paróquia onde estava e nomeado para servir numa capelania hospitalar".  

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