Nas comemorações do 25 de novembro de 1975, Carlos Moedas lembrou as palavras do antigo Presidente da República, Mário Soares: “O 25 de Novembro foi como um novo 25 de Abril". Em Lisboa, sublinhou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, "evocamos o 25 de Novembro porque celebramos o 25 de Abril: não há um sem o outro”.
Na sessão desta tarde nos Paços do Concelho, que assinalou os 50 anos da efeméride, Carlos Moedas prestou homenagem aos militares, aos políticos, ao povo português: “Todos eles deram o seu contributo para um Portugal democrático e livre”.
A “identificação profunda" entre as forças armadas e o povo” – assinalada por Mário Soares uma semana após os acontecimentos –, deveu-se a militares como o tenente-general Tomé Pinto, acrescentou Carlos Moedas. A saudação estendeu-se ao general Rocha Vieira, já falecido, e ao general “e sempre, sempre Presidente" Ramalho Eanes.
“O povo, que soube exigir que fosse respeitada a vontade popular”, acrescentou, numa alusão às declarações de Mário Soares, foi também homenageado por Carlos Moedas, lembrando que, à época, “80% dos portugueses elegeram uma Assembleia Constituinte feita de partidos moderados”.
Cinquenta anos depois, "não nos esquecemos”, vincou o autarca. “O pior que nos podia acontecer seria esquecermo-nos do 25 de novembro”.
As comemorações começaram de manhã, no Terreiro do Paço, com uma parada militar com os três ramos das Forças Armadas, a passagem de quatro aviões F-16 e uma salva de 21 tiros a partir de um navio no Rio Tejo. Na cerimónia, presidida pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, estiveram ainda o presidente da Assembleia da República, Aguiar-Branco, os vereadores Diogo Moura e Maria Luisa Aldim, entre outras individualidades, e o tenente-general Alípio Tomé Pinto, presidente da comissão para as comemorações dos 50 anos do 25 de novembro.
Fonte/Foto: CM Lisboa