Mural inaugurado segunda-feira em Lisboa destruído por funcionários da câmara
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Um mural inaugurado na segunda-feira em Lisboa pelos governos de Portugal e do Brasil, com textos lusófonos, foi parcialmente destruído pelo Serviço de Higiene Urbana da câmara, denunciou na quinta-feira o presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior.
A obra, designada por "Paginário", é da autoria do artista e pesquisador brasileiro Leonardo Villa-Forte e tinha sido instalada em frente à sede a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) em Portugal, no Largo do Correio Mor, na freguesia lisboeta de Santa Maria Maior.
A inauguração do "Paginário", que congrega textos de artistas dos nove estados-membros da CPLP, afixados no muro do largo, ocorreu na segunda-feira, numa cerimónia presidida pelos ministros da Cultura de Portugal e do Brasil.
No entanto, no dia seguinte à inauguração desta obra, os funcionários da CPLP foram surpreendidos por trabalhadores do departamento da Higiene Urbana da Câmara de Lisboa a retirarem as folhas do "Paginário", segundo relatou na sua página do Facebook o presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, Miguel Coelho (PS).
"Subitamente, o painel de arte urbana intitulado 'Paginário', que integrava uma combinação de textos de autores de todos os países da CPLP, foi destruído às ordens de um qualquer 'burocrata' da Câmara Municipal, agora com as 'costas quentes' e certamente muito saudoso do império colonial, após uma denúncia de um qualquer energúmeno ao portal 'Na Minha Rua', escreveu o autarca na rede social.
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