A Câmara Municipal de Lisboa apresentou, na passada semana, no Fórum Lisboa, a Carta Geotécnica de Lisboa, uma plataforma digital pioneira em Portugal, inovadora e de acesso gratuito. Uma ferramenta estratégica para planeamento urbano e construção sustentável e resiliente.
A Carta Geotécnica de Lisboa disponibiliza mapas temáticos e informações técnicas fundamentais para identificar os melhores locais para construção de habitações e equipamentos públicos, avaliar potenciais geotérmicos para climatização sustentável de edifícios, e localizar recursos hídricos subterrâneos para utilização em espaços verdes e limpeza urbana.
“Uma ferramenta estratégica, que nos permite conhecer melhor o subsolo da cidade, algo invisível aos nossos olhos, mas absolutamente determinante para o planeamento e gestão urbana, o que nos permite construir uma cidade sustentável e resistente. Esta plataforma permite alcançar dois grandes objetivos: o planeamento urbano e a área de construção”, referiu Joana Almeida, vereadora do Urbanismo, numa sessão que contou com mais de 200 participantes, entre representantes de entidades públicas e privadas ligadas à engenharia, arquitetura, urbanismo e geologia.
Este instrumento, desenvolvido pela equipa do Programa Municipal ReSist, com recurso à base de dados GeoSIG , permite conhecer detalhadamente o solo da cidade, com uma base técnica rigorosa para decisões estratégicas de planeamento urbano e construção sustentável.
Outro importante objetivo da plataforma é apoiar projetos de construção ao identificar previamente áreas que exigem soluções de engenharia específicas. Tal conhecimento permite antecipar desafios técnicos, avaliar adequadamente investimentos e minimizar riscos e custos adicionais durante a execução das obras.
Durante a sessão foi ainda destacado que a criação da Carta Geotécnica resulta de um trabalho contínuo e colaborativo, envolvendo diversas entidades e parceiros públicos e privados. Os dados integrados nesta plataforma possibilitam uma compreensão da estrutura geológica da cidade, incluindo aspetos críticos como a espessura dos aterros urbanos, a localização de antigas linhas de água e a resposta sísmica dos terrenos.
Fonte/Foto: CM Lisboa