Marinha do Tejo recupera protagonismo das embarcações tradicionais
LISBOA
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O Dia Marinha do Tejo foi assinalado a 24 de junho, no Cais das Colunas, em Lisboa, e na Base Naval do Alfeite, em Almada, quando se completam 15 anos da refundação da Marinha do Tejo.
Canoas, catraios, e faluas, pintaram o Tejo com as suas cores vivas, em mais um Dia da Marinha do Tejo, numa cerimónia que reúne estas embarcações típicas, celebrando o saber e as tradições náuticas dos navegantes do rio.
Na cerimónia, com a presença de representantes de Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo, Seixal e Vila Franca de Xira, o vereador da Câmara de Lisboa, Ângelo Pereira, destacou o “protagonismo e a imagem de Lisboa como âncora identitária e testemunho vivo e atual da nossa grande tradição marítima.”
“Este é também o momento para assumir compromissos quanto ao futuro. Um compromisso com a preservação e proteção da frente ribeirinha”, sublinhou Ângelo Pereira, na iniciativa organizada pela Marinha do Tejo, presidida por Rui Rosado, e apoiada pela Armada.
A Marinha do Tejo foi refundada em 2008, para preservar a identidade sociocultural e o património tecnológico e artesanal das populações ribeirinhas. Conta atualmente com mais de 80 embarcações típicas, com uma idade média de 54 anos e várias embarcações com mais de 100 anos.
Lisboa integra esta associação desde 2012, com a Falua Esperança, embarcação tradicional do Tejo, propriedade da Câmara Municipal. Recentemente, ficou em primeiro lugar na categoria de” Faluas”, na X Regata de Embarcações Tradicionais, organizada pela Associação Náutica do Seixal e promovida pela Marinha do Tejo.
Foi adquirida em 2012, com o objetivo de dinamizar ações de educação e sensibilização ambiental na área dos recursos naturais do estuário do Tejo e biodiversidade.
A sua procura, por parte da comunidade escolar para ações de sensibilização ambiental organizadas pelo serviço municipal de Ambiente, Estrutura Verde, Clima e Energia, tem crescido ao longo dos anos, principalmente depois de, em 2022, ter integrado o Programa Ciência Viva no Verão.
Nas saídas de sensibilização ambiental, a Falua navega na frente ribeirinha de Lisboa, no Mouchão da Póvoa –frente à Póvoa de Santa Iria com um património ambiental diversificado e muito rico, e na Ilha do Rato – semelhante ao Mouchão da Póvoa, de menor dimensão, mas de importância vital para a biodiversidade existente no Tejo.
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