Quando se assinalam os 50 anos da Revolução dos Cravos, a Câmara Municipal de Lisboa evocou a memória das quatro vítimas que morreram às mãos da PIDE/DGS, com uma placa identificativa no edifício da antiga sede da polícia política do Estado Novo, na Rua António Maria Cardoso.
Na tarde de 25 de Abril de 1974, os agentes da Polícia Internacional e de Defesa do Estado/Direção-geral de Segurança (PIDE/DGS) foram cercados pela população lisboeta e, em resposta, dispararam sobre os manifestantes, causando a morte de Fernando C. Giesteira, José J. Barneto, Fernando Barreiro dos Reis e José Guilherme Rua Arruda.
As vítimas são agora recordadas na placa que figura na fachada do antigo edifício da extinta PIDE/DGS, bem como no site do museu do Aljube, numa página que dá a conhecer um pouco das suas histórias, e que pode ser consultada através de um código QR (quick response) disponível no local.
“A memória faz-se dos factos. Esta placa assinala as vítimas terríveis deste acontecimento”, salientou o vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Filipe Anacoreta Correia, durante a cerimónia, inserida nas comemorações muncipais dos 50 anos do 25 de Abril.
Na homenagem, com a presença de diversos membros do executivo da CML, e do presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, Miguel Coelho, estiveram ainda Pedro Vieira, promotor da petição "Homenagem em Lisboa - 25 de Abril”, que reuniu 1 167 assinaturas e se tornou o ponto de partida da iniciativa, e Eurico Reis, do movimento cívico "Não Apaguem a Memória".