2024/11/20
Foi inaugurada, no Jardim das Amoreiras, esta terça-feira, 19 de novembro, uma placa comemorativa de homenagem ao arquiteto húngaro Carlos Mardel, responsável pelo projeto para a Mãe de Água, reservatório final do Aqueduto das Águas Livres, e o planeamento da Baixa Pombalina após 1755. A cerimónia integra as celebrações do 50.º aniversário do restabelecimento das relações diplomáticas entre Portugal e Hungria.
Carlos Mardel (1696-1763), arquiteto e engenheiro húngaro, é celebrado como um dos grandes responsáveis pela transformação de Lisboa no século XVIII. Nascido no antigo Reino da Hungria, com formação em Inglaterra e em França, o arquiteto chegou a Portugal em 1733 e deixou um legado na história e na paisagem de Lisboa. Morreu em Portugal, em 1763.
Entre as suas obras mais icónicas estão o Aqueduto das Águas Livres, e o planeamento da Baixa Pombalina após o terramoto de 1755. Com Eugénio dos Santos, foi corresponsável pelo novo traçado da Baixa e do Rossio (Praça Dom Pedro IV). Promoveu o ensino de arquitetura, escultura e pintura, influenciando gerações de profissionais.
O “visionário iluminista”, uniu técnica, beleza e impacto social, e a engenharia como uma área que transforma a natureza para o benefício das pessoas, afirmou Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa, salientando: “A engenharia é sobre usar as grandes fontes de poder da natureza e transformar esse poder da natureza para o bem das pessoas”.
A ligação cultural e histórica entre Hungria e Portugal foi realçada pela embaixadora da Hungria, Emília Fábián, que descreve Carlos Mardel como um símbolo dessa ligação e um legado arquitetónico e cultural. O arquiteto, acrescentou, é celebrado em eventos culturais como exemplo do talento húngaro que enriqueceu a arte e a arquitetura portuguesas.
Fonte/Foto: CM Lisboa