Foi apresentado na quarta-feira, 30 de julho, com a presença do Secretário-Geral do PS, José Luís Carneiro, na sede nacional, em Lisboa, o Conselho Estratégico do Partido Socialista.
Composto por personalidades com trajetos marcantes na política, na ciência, na economia, na cultura, na sociedade, e que partilham o compromisso com o bem comum, com a democracia e com Portugal, este Conselho será um órgão consultivo e propositivo, responsável por contribuir para o planeamento estratégico da ação política do Partido, com horizonte temporal até 2050.
O Partido Socialista quer estar à altura do seu tempo e este Conselho é um sinal claro do nosso compromisso com uma política que pensa antes de agir, que ouve antes de decidir, que propõe antes de reagir.
Num passo decisivo para a consolidação de uma proposta política robusta e orientada para o futuro do país, o PS instalou o seu novo Conselho Estratégico, um órgão criado para estruturar o pensamento estratégico socialista num horizonte temporal que vai até 2050, integrando cerca de uma centena de personalidades provenientes de diversos quadrantes da sociedade portuguesa.
À saída da cerimónia de instalação do recém criado órgão consultivo e propositivo do partido, que decorreu ontem, na sede nacional do PS, em Lisboa, José Luís Carneiro destacou o alcance e a ambição desta iniciativa, vincando que o novo Conselho “é sinal de abertura, diversidade e pluralismo”.
“É muito importante que se perceba que o Partido Socialista é a grande casa da democracia porque tem pessoas que estão mais à esquerda do PS, até aos humanistas, democratas-cristãos, sociais-democratas, que se juntam neste Conselho Estratégico para contribuírem para o seu país”, disse, valorizando o carácter inclusivo do órgão agora constituído.
Em declarações aos jornalistas, o Secretário-Geral socialista reiterou que o partido “é de centro-esquerda”, insistindo, porém, na importância do pluralismo representado neste novo órgão.
Exemplo disso, assinalou, é a presença de figuras oriundas do “humanismo democrata-cristão”, como é o caso do ex-dirigente do CDS-PP Filipe Lobo d’Ávila.
“Este é um ponto de partida e não é um ponto de chegada. Outras personalidades se juntarão a nós neste percurso”, antecipou.
Quando questionado sobre a hipótese de este novo órgão poder vir a funcionar como um “governo sombra”, José Luís Carneiro enfatizou que o novo Conselho Estratégico do PS conta com um vasto número de destacadas figuras que permitiria a constituição de vários executivos, “e não só para um”.
“Sem falsas modéstias, temos aqui mesmo personalidades, competências e capacidades para formar vários governos”, reforçou, elogiando a diversidade de perfis presentes, desde “pessoas da indústria, das empresas, da economia, da cultura” até à academia.
Instrumento para construir políticas públicas sólidas
Liderado pelo antigo presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, o Conselho Estratégico do PS resultou de um processo de auscultação alargado conduzido pelo Secretário-Geral socialista.
Aos jornalistas, José Luís Carneiro revelou que a escolha do anterior presidente do Parlamento nacional deveu-se ao facto de Santos Silva ter sido “o nome que mais foi consensualizado”, destacando-se a sua “experiência muito larga, muito ampla, na coordenação de equipas e na produção dos resultados”.
“Ele esteve na revisão da declaração de princípios do PS nos inícios dos anos 2000 e tem também um percurso histórico que vem desde os governos do engenheiro António Guterres até aos últimos governos do doutor António Costa”, recordou o líder socialista, para de seguida sublinhar que “esta transversalidade no exercício de funções governativas” dá ao destacado socialista “uma leitura do Estado e da sociedade”.
Composto por figuras com ampla experiência política, empresarial, académica, artística, científica e da diáspora portuguesa, o novo órgão consultivo e propositivo do partido reunirá ordinariamente quatro vezes por ano – com o primeiro encontro programado já para setembro – e terá a missão de elaborar, anualmente, um relatório estratégico e cadernos temáticos.
Mais do que um espaço de reflexão, o líder socialista sublinha que o novo Conselho será “um instrumento ao serviço da construção de políticas públicas sólidas, enraizadas no presente e voltadas para os desafios das próximas décadas”.
“Com este novo órgão, o PS afirma-se como força política comprometida com o pensamento estruturado, o diálogo entre gerações e setores, e a definição de caminhos consistentes para o futuro de Portugal”, concluiu.
Fonte/Foto: Partido Socialista