Contratos da CML com Joaquim Morão devem ser investigados, pede Bloco
LISBOA
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"Identificar a eventual necessidade de alterar regras e procedimentos" é o objetivo da comissão de inquérito que o Bloco de Esquerda quer ver criada, incidindo sobre os contratos da autarquia lisboeta com Joaquim Morão.
o seguimento das buscas da Polícia Judiciária (PJ) à Câmara Municipal de Lisboa, e da consequente constituição de arguidos, o Bloco de Esquerda anunciou, esta quinta-feira, que vai apresentar na Assembleia Municipal de Lisboa a proposta de uma comissão de inquérito ao caso dos contratos do histórico socialista e ex-autarca de Castelo Branco Joaquim Morão com a autarquia lisboeta.
O partido acredita que “compete à Assembleia Municipal de Lisboa fazer aquilo para que é eleita, que é fiscalizar, e não ficar de braços cruzados perante dados que, no nosso entender, são bastante graves”, disse o deputado municipal do Bloco em Lisboa, Vasco Barata, à TVI.
É preciso deixar “ao Ministério Público o seu trabalho de investigação judicial”, admite o Bloco, não descurando a necessidade de “tirar conclusões políticas” sobre o processo, bem como de “retirar ilações para o futuro porque se há coisa em que todos podemos concordar é que as políticas de urbanismo não só em Lisboa mas em todo o país são bastante opacas e dadas a este tipo de negócios”.
A TVI/CNN Portugal avançou que a PJ tinha realizado buscas na Câmara Municipal de Lisboa por "suspeitas de corrupção, participação económica em negócio e falsificação" relacionadas com uma nomeação para "prestação de serviços que foi assinada em 2015" pelo então presidente da autarquia, Fernando Medina (PS), atual ministro das Finanças.
Tratava-se, foi mais tarde revelado pelo jornal Público, da contratação, entre 2015 e 2016, de serviços de consultadoria do ex-presidente dos municípios de Idanha-a-Nova e Castelo Branco Joaquim Morão, para apoio na gestão de projetos e obras municipais em Lisboa.
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