Construção de 152 casas para Renda Acessível na zona de Entrecampos prevê-se concluída em 2025
LISBOA
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A construção de 152 habitações em Entrecampos, em Lisboa, destinadas ao programa municipal Renda Acessível, está já em curso, mas só hoje foi lançada, simbolicamente, a primeira pedra da obra, que se prevê concluída em 2025.
Na visita a esta empreitada na Rua Sanches Coelho, em Entrecampos, mesmo em frente ao prédio com 128 habitações de Renda Acessível entregues em julho de 2022, a ministra da Habitação, Marina Gonçalves (PS), que esteve na anterior cerimónia de entrega de chaves enquanto secretária de Estado, enalteceu hoje o investimento no reforço do parque público habitacional, considerando que “esta é a resposta estrutural” à crise da habitação, que conta com a oportunidade de financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Dirigindo-se ao presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), Marina Gonçalves disse ao autarca que pode “contar sempre com o Governo” para a concretização do direito à habitação e, consequentemente, da melhoria das condições de vida da população: “Nesta parceria em prol das famílias, para que sejamos capazes de, em conjunto, garantir que ninguém fica privado do direito à habitação”.
“Tal como tem acontecido até agora, estou certa de que outros momentos teremos em conjunto para garantir que este direito à habitação não está só no papel, é mesmo concretizado no terreno”, declarou a ministra, referindo que no lado oposto ao sítio da empreitada em curso já há famílias a viver numa “habitação digna, com uma renda justa”, esperando que em breve o mesmo aconteça nos 152 fogos em construção, para “mais um momento de justiça social”.
Concordando que a crise habitacional “é o maior desafio, é o desafio de uma geração”, o social-democrata Carlos Moedas defendeu que é preciso “mudar a política de habitação”, em que se podem ter “ideias diferentes”.
“A senhora ministra sabe que temos muitas vezes ideias diferentes, mas nos momentos certos temos de estar unidos para fazer e é isso que estamos a fazer aqui hoje”, apontou o presidente da câmara.
O autarca realçou a capacidade de “conseguir realizar”, ressalvando que a construção de habitação demora o seu tempo, mas destacando que, desde o início do mandato, em outubro de 2021, até ao momento, foram entregues 1.020 chaves de casas municipais.
“Quando nós vemos as vidas que mudámos, nós podemos, realmente, mudar o país. Às vezes, neste país, queremos mudar tudo ao mesmo tempo, mas são estes pequenos gestos que fazem essa mudança”, disse Carlos Moedas, referindo-se à entrega de chaves de casas.
O social-democrata destacou ainda o Subsídio Municipal ao Arrendamento Acessível para ajudar 1.000 famílias a pagar a renda, o lançamento de concursos extraordinários de Renda Acessível para quem ganha entre 500 euros e os 760 euros, o investimento na reabilitação de fogos municipais devolutos, com 40 milhões de euros para intervir em 800 e mais 85 milhões de euros para reforçar essa ação; a construção de 1.000 casas e a compra de edifícios privados para ter uma política de bem público.
Nos seus discursos, nem a ministra, nem o presidente da câmara falaram no programa do Governo Mais Habitação, sobre o qual têm posições contrárias. No final da cerimónia, ambos recusaram responder a questões dos jornalistas.
Divulgada como o lançamento da primeira pedra da obra, a cerimónia foi realizada entre os alicerces de parte da empreitada, onde os trabalhadores da construção civil erguem já as paredes das casas.
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