Comerciantes preocupados com as obras vão pedir apoio ao Município
LISBOA
Noticias em Destaque
Associação vai reunir-se com vereador e pedir a criação de uma comissão para acompanhar alterações da mobilidade. Novidades no trânsito não vão prejudicar a faturação durante a JMJ.
A União de Associações de Comércio e Serviços (UACS) de Lisboa garantiu, na quarta-feira, que os comerciantes estão assustados com o impacto das obras e alterações ao trânsito na Baixa e zona ribeirinha e pede a criação de uma comissão para acompanhar as alterações de mobilidade da capital. Dentro de dois ou três meses irão fazer uma avaliação da situação e o pedido de apoios financeiros é uma forte possibilidade.
É inegável a necessidade de obras como o Plano de Drenagem de Lisboa ou a expansão do Metropolitano, mas não deixam de lamentar "o facto de as medidas a implementar a partir desta quarta-feira não terem sido objeto de atempada informação aos empresários das zonas intervencionadas e associações que os representam". Além disso, denuncia "a ausência de medidas mitigadoras e condições alternativas de mobilidade e acessibilidade capazes de corresponder às necessidades das populações, residente e visitante, e ao tecido empresarial da cidade, em particular o das zonas históricas e ribeirinha".
Outra das preocupações dos comerciantes de Lisboa são as novas regras de cargas e descargas na Baixa - está proibido o acesso à zona de veículos pesados com mais de 3,5 toneladas entre as 8.00 e as 20.00 horas -, questionando "como serão garantidos os abastecimentos na Baixa Pombalina", mas também como é que farão face aos "custos acrescidos com a receção de mercadorias em período noturno e às inevitáveis quebras de faturação nos períodos de interdição de circulação e acessos".
Esta alteração em concreto é, segundo o vice-presidente e vereador da Mobilidade da Câmara de Lisboa, uma medida essencial para proteger o património da cidade, e neste sentido, "todo o processo de abastecimento da Baixa vai ter que ser repensado", podendo a solução passar pelo uso de veículos de mercadorias mais leves. "Este é um processo dinâmico, também vamos melhorando algumas das soluções aqui e ali", garantiu Filipe Anacoreta Correia, à TSF, mostrando "disponibilidade para o diálogo".
Partilhar nas redes sociais