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2022/12/16

Assembleia Municipal de Lisboa recomenda à câmara controlo nos túneis com risco de alagamento

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Lisboa "saiu reforçada", nas recentes chuvas fortes e persistentes, que provocaram várias inundações em que o volume de chuva foi equiparado a 1967. A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou, na quinta-feira, por unanimidade, recomendar à câmara a instalação de sistemas de controlo de acesso aos túneis rodoviários do concelho onde haja risco de alagamento, proposta apresentada pelo partido Aliança. Na reunião deste órgão deliberativo do município, o deputado municipal do Aliança, Jorge Nuno de Sá, propôs ainda recomendar à Câmara de Lisboa "a instalação de um sistema de aviso à população por SMS, de âmbito concelhio, que possa ser usado pelo SMPC [Serviço Municipal de Proteção Civil] em tempo real para fornecer informação sobre fenómenos de risco extremo ou acidentes graves, bem como sobre as medidas de autoproteção a adotar". Antes da votação dessa recomendação, o deputado municipal do Aliança fez uma alteração à redação inicial da proposta, eliminando a indicação de que esses sistemas de controlo poderiam ser "através de semáforos e cancelas" nas entradas dos túneis. Durante a discussão das propostas, Duarte Marçal, do PS, considerou que a recomendação do Aliança para a instalação de um sistema de aviso à população pretende "encobrir as responsabilidades do executivo que suporta", da coligação "Novos Tempos" (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), enquanto Natacha Amaro, do PCP, justificou o voto contra por considerar que a proposta significaria uma duplicação ao que existe a nível nacional. As recentes intempéries em Lisboa dominaram o debate de declarações políticas, com o grupo municipal do PS a criticar o "desnorte político" do presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), na coordenação da resposta às chuvas fortes e persistentes, porque "vestiu as galochas, esteve no terreno e fez o seu número mediático, mas não coordenou os serviços". O socialista Duarte Marçal realçou, ainda, o papel do PS no Plano Geral de Drenagem de Lisboa (PGDL), que foi "quem retirou da gaveta" e iniciou a obra, inclusive com a construção de bacias de retenção. Luís Newton, do PSD, disse que, "com matéria de desastres naturais, desgraça alheia, não se deve fazer política" e afirmou que "o PGDL é António Carmona Rodrigues, não é Partido Socialista, não é António Costa, não é Fernando Medina", referindo que a primeira intervenção do PS foi cancelar o PGDL em 2008. Em resposta, o líder do grupo municipal do PS, Manuel Lage, confirmou que o plano foi suspenso em 2008, porque "havia falta de verbas", responsabilizando o PSD pelo estado das finanças do município nessa altura e indicando que, em 2015, foi possível recuperar e apresentar o PGDL. Da parte do grupo municipal do Chega, Bruno Mascarenhas criticou o tempo gasto a "discutir quem é o pai da criança" do PGDL, considerando que o plano é herança do PS e do PSD, e apontou que, em relação às recentes intempéries na cidade, "nem tudo foi feito para precaver o que aconteceu". Em representação da Câmara de Lisboa, o vice-presidente do executivo, Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP), assegurou que as respostas ao mau tempo "correram bem", entendendo que, por causa desse mesmo balanço, o apelo de união partidária não seja acolhido e se façam críticas, "que acabam por ser injustas aos serviços, aos mesmos que elogiam pelo trabalho que fizeram". Anacoreta Correia realçou que a cidade de Lisboa "saiu reforçada", após as recentes chuvas fortes e persistentes, que provocaram várias inundações, nomeadamente nos dias 07 e 08 de dezembro e na passada terça-feira, em que o volume de chuva foi equiparado a 1967, ano em que as cheias provocaram 700 mortes, enquanto nas últimas intempéries "não houve nenhuma vítima mortal em Lisboa, mas houve em Algés", no concelho de Oeiras, distrito de Lisboa. A chuva intensa e persistente que caiu na terça-feira causou mais de 3.000 ocorrências, entre alagamentos, inundações, quedas de árvores e cortes de estradas, afetando sobretudo os distritos de Lisboa, Setúbal, Portalegre e Santarém.

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