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2025/04/14

As ideias do Livre para o país

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ELEIÇÕES LEGISLATIVAS 2025: RUI TAVARES (LIVRE)

Conversa da imprensa regional de todo o país com Rui Tavares, líder do partido LIVRE
 
Rui Tavares, líder do Livre, durante videoconferência promovida pela Associação Nacional de Imprensa Regional (ANIR), com os vários meios de imprensa regional e local revelou em 1ª mão, algumas das opções do partido para as próximas eleições legislativas.

As Escolas Solares
“Eu acho que há uma[medida] muito interessante que tem a ver com um programa que nós chamamos Escolas Solares, ou Escolas Vivas. Basicamente a ideia é transformar as nossas escolas desde logo do ponto de vista energético. Que cada escola seja positiva em termos energéticos, isso quer dizer, investir para que cada escola produza mais energia do que aquela que consome. Painéis solares, eventualmente mini-eólicas, optar em utilizar o espaço disponível nas escolas, nos edifícios das escolas e o espaço exterior, para que elas produzam energia que possa ser injetada na rede, mas que também permita que em torno dessas escolas, selecionadas caso a caso, se possam estabelecer as chamadas comunidades de energia. O Livre, como partido ecologista que é, defende muito que nós tenhamos uma rede de produção e de distribuição de energia que seja muito dispersa. Porquê? Porque isso é mais forte do ponto de vista da resiliência e da nossa autonomia estratégica”

Produção local para as cantinas escolares
“Por exemplo, na produção local. Nós sabemos que as cantinas escolares estão muitas vezes limitadas por legislação e por fiscalização, até do Tribunal de Contas, que leva a ir sempre pelo produto mais barato, que não é sempre o mais saudável para os nossos filhos e filhas. (…) Nós queremos que a questão da alimentação nas escolas esteja muito ancorada na realidade local e no próprio projeto pedagógico, ou seja, que sirva para os miúdos visitarem os produtores locais, que sirva para os produtores locais produzirem de forma sustentável, saudável, biológica, para fornecer às próprias cantinas escolares. E que as cantinas escolares também sejam integradas no projeto pedagógico. Há muitos professores que têm vontade de fazer isto, há muitas direções de escolas que têm vontade de fazer isto, mas que muitas vezes têm que justificar os seus custos ali, euro a euro, e têm que ir pelo mais barato, mesmo que isso não seja mais interessante do ponto de vista pedagógico”

Formação para obter a nacionalidade portuguesa
“A imigração é uma realidade no nosso país, pode é ser mal gerida ou bem gerida, nós queremos que ela seja bem gerida. Isso significa também haver espaços de encontro para que os imigrantes possam ser integrados, ter aulas de português que têm a ver com a introdução ao próprio Estado português, como Estado de Direito, com a sua separação de poderes, com a sua legislação, e que as pessoas, por exemplo, que queiram obter a nacionalidade portuguesa possam passar por um momento de formação que também existe em muitos países, e eu conheço gente que adquiriu a nacionalidade dos Estados Unidos, ou da Bélgica, ou do Reino Unido, e naquele momento de adquirir a nacionalidade dizem, “olha, foi mais comovente do que aquilo que eu pensava. Afinal, eu estou ligado ao país que me acolheu e gostei de fazer o teste para adquirir a nacionalidade” e eu acho que pode fazer sentido pensar isso nesses termos em Portugal. Fala-se muito que os imigrantes têm que respeitar a nossa cultura, mas para isso temos que nós nos dar o respeito e temos que nós valorizar a nossa cultura e querer transmiti-la, que é uma coisa de que se fala muito menos”

Abrir as escolas à comunidade
“O Manuel Banza, que é nosso assessor na Câmara Municipal de Lisboa, fez uma tese de doutoramento sobre a utilização de escolas durante os fins de semana, em Barcelona. Serve para fazer mercados de bairro, serve para fazer torneios de desporto local, serve como utilização para refúgios de calor quando temos as alterações climáticas, ou seja, há de ter todo um trabalho com o Ministério da Educação para que as escolas se abram à comunidade em todos estes planos de que eu vos falei”

Portugal como “uma espécie de elite de serviços euro-atlântica”
“Nós acreditamos na economia do conhecimento. Achamos que Portugal pode descarbonizar e ao mesmo tempo incorporar tecnologia, incorporar conhecimento na sua produção e acreditamos que Portugal, dado o facto de ter esta qualificação da força de trabalho, ter a posição geográfica que tem, ter as ligações à Europa e à lusofonia que tem, ter as ligações à diáspora que tem, pode mesmo estabelecer-se como uma espécie de elite de serviços euro-atlântica. Isso é perfeitamente possível fazer, inclusive até nesta fase de guerra tarifária em que estamos, em que muitas empresas vão estar à procura, empresas europeias, de como diversificar as suas exportações, e podem ter um pé aqui em Portugal para ajudar com diversificação para a África ou para a América Latina”

Empresas “devem pagar parte da sua formação [imigrantes]”
“As empresas, acima de um determinado volume de negócios e acima de um determinado número de trabalhadores, devem pagar as aulas de português dos imigrantes que vão buscar. (…) Se precisam daqueles imigrantes para trabalharem, e estou a incluir nisto as plataformas. As Ubers e por aí fora. Elas ganham muito dinheiro, têm perfeitamente dinheiro para pagar as aulas de português. Evidentemente nós devemos fazer um esforço público na integração dos imigrantes, mas não é só o Estado que deve pagar, não é só o contribuinte que deve pagar. Se uma empresa beneficia e quer trazer trabalhadores imigrantes, então deve pagar também uma parte da sua formação”.


Fonte/Foto: Correio de Azeméis | Azeméis FM/TV | ANIR

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